Quem procura o Camping Municipal hoje depara-se com portões fechados, cadeados e um aviso nada animador: as atividades estão suspensas por tempo indeterminado. Notificado ainda na temporada de 2014 por falta de licenciamento ambiental, o local não voltou mais a receber pelotenses e turistas, o que deve se repetir neste verão. Sem verba para adequar o Camping e receber a liberação da Secretaria de Qualidade Ambiental (SQA), a responsável pela área, a Empresa do Terminal Rodoviário de Pelotas (Eterpel), tenta repassar a administração ao Executivo. Qualquer decisão, no entanto, só deve ser tomada pelo novo governo, que assume em janeiro do ano que vem.

Enquanto isso, o espaço revela as deteriorações provocadas pelo tempo e pela ociosidade. Sem atividades desde junho do ano passado, primeira vez desde que foi fundado em 1998, o Camping está sem receber manutenção. De acordo com um funcionário, as cabanas são as áreas mais afetadas pela falta de uso, além da crescente vegetação. Problemas que não afugentam a população. “Nos finais de semana, mesmo com o aviso e os portões fechados, chegam uns cinco, seis curiosos. É uma pena.”

Para o diretor financeiro da Eterpel, Luiz Brandão, o maior desafio é, atualmente, obter os cerca de R$ 600 mil necessários para recuperar e adequar o local, tanto ao público quanto para conseguir o licenciamento. Uma das principais obras, explica, é a readequação no sistema de esgoto dentro do que exige a nova legislação. “Não dispomos do valor em nosso orçamento”, reforça. Uma das saídas discutidas é repassar a administração à SQA, que teria acesso a outras verbas, mas isto só será decidido, segundo o secretário Felipe Fernandes, pelo próximo governo.

Mesmo que o futuro da unidade fosse definido agora, não seria possível abrir à população, já que seriam necessários de seis a sete meses para realizar todas obras e os reparos.